Bons momentos!
Queridos, gostaria de falar hoje de amor e do atendimento fraterno que é a pura expressão desse amor. Tive uma agradável experiência ontem confirmando as palavras de meu querido irmão José sobre a imensa possibilidade que temos hoje através da internet e a comunicação virtual. A possibilidade de compartilhar apoiando, incentivando e ajudando nossos irmãos em humanidade. Fiquei extremamente emocionada quando fui procurada por uma irmã que compartilhou comigo sua tristeza confiando e me dando a chance de espalhar o amor. Obrigada amiga! Espero ter humildemente te ajudado um pouquinho.
O atendimento fraterno que é feito em diversas instituições é feito em particular e geralmente a portas fechadas (meio que como um confessionário, só que sem imposições, apenas orientações), são momentos que muitos irmãos encontram para desabafar e buscar apoio e luz para seus caminhos. Mas na verdade, a toda hora estamos fazendo ou recebendo esse atendimento fraterno. Numa conversa nas filas, numa troca no ônibus, numa oportunidade que damos do outro “falar” ouvindo-o com atenção, delicadeza e paciência. Muita vez apenas um bom dia, um como vai e um vá com Deus já acalentou, acalmou e quem sabe não mudou uma ideia infeliz daquele irmão que teve por alguns segundos nossa atenção.
Se nos conscientizarmos que nossa atenção é um bálsamo para tantos quantos nos dirigem a palavra e muitas vezes ignoramos, podemos mudar nossa ideia e passar a ajudar levando nosso conforto aquele que nos procuram.
Vou contar uma experiência que aconteceu comigo e mudou meu modo de pensar. Outro dia fui ao mercado e passei por um “mendigo” um senhor que falou alguma coisa e que eu nem prestei a atenção e fui andando já estava voltando para casa com meu carrinho (daqueles de feira) apressada e afobada para fazer o almoço, apenas resmunguei “não tenho agora”, já pensando que ele queria dinheiro e maldosamente pensei “para beber”. Quando cheguei em casa “despertei” para o que tinha feito e correndo voltei ao local que era bem próximo da minha casa, ele já não estava mais lá. Fiquei arrasada! E puxando pela minha memória estava registrada a imagem por causa da nossa visão periférica, vemos, mas não prestamos atenção, mas fica registrada (por isso que quando passamos em algum lugar e falamos: - Já vim aqui! Às vezes é a nossa visão periférica que registra e guarda a imagem), mas voltando ao assunto; voltei para casa com a imagem daquela figura que pude constatar que era um idoso. Por que fiz aquilo? Perguntei-me. Porque não lhe dei atenção, não perguntei o que ele queria? Poderia ser apenas um pão (e eu tinha em meu carrinho) ou outra coisa qualquer. Se fosse dinheiro para bebida ou não cabia eu dar ou não, e a ele o livre arbítrio de beber ou não. Isso me transformou e desde então, não mais deixo de dar atenção a quem quer que seja, pois precisamos ser definitivamente o “samaritano que nosso amado irmão nos exemplificou com sua parábola”. Atendimento fraterno não precisa ser de porta fechada, precisa sim ser de coração aberto.
Amamos quando valorizamos os “valores” dos outros com coerência e sabedoria, com orientação e ajuda.
Muitos clamam por apenas um pouco de atenção, conforto nos seus problemas sejam eles quais forem. A vida é transitória na carne, hoje ajudamos, amanhã somos ajudados. E a vida vai vivendo com seus viventes aguardando enfim a humanidade humanitária e feliz. Paz a todos e contem comigo serei sempre um ouvido para vocês. Valéria Ribeiro.
Um comentário:
Grato Valeria, bonito ver e ler sobre seu posicionamento, precisamos de mais exemplos de experiências como esta.
Tenha um excelente dia.
Namastê Shalom.
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