quarta-feira, 15 de junho de 2011

Imagens de santos e anjos. Precisamos delas?


Bons momentos para todos.
Queridos amigos gostaria de falar de uma situação bastante polêmica em alguns meios. A importância das "imagens" em nossas vidas. 
Não estou falando das imagens de maneira geral e sim das imagens de santos, anjos e ídolos que cultuamos, adoramos e recorremos a elas por muitos motivos. 
Perguntamos: É errado mantê-las em nossas vidas? Têm a ver com evolução espiritual e ou intelectual? Por que “precisamos” ver para crer?
Quando nascemos, olhamos para o mundo e à medida que nossos olhos vão amadurecendo visualizamos imagens de maneira geral.  A princípio focamos nas imagens que nos dão maior confiança e “segurança” que são os rostos dos nossos cuidadores.  Vamos crescendo e absorvendo essa tendência de transferência de confiança às imagens e aos ídolos que aprendemos a conhecer e a confiar. No caso dos Divinos essa confiança gera em torno da influência dos familiares e os ídolos vão se confundindo nas preferências que vamos formando em nós. 
A religião influencia bastante na manutenção desses “santos” em nossas vidas. 
Mesmo a Doutrina dos espíritos, onde nos indica que o espírito está acima da imagem material, até mesmo nela encontramos adeptos que cultuam as imagens tanto do Codificador quanto dos continuadores e responsáveis por sua disseminação. Ainda não conheci nenhuma religião, crença ou doutrina que não apresentassem seus “ídolos” e os cultuassem, mas algumas "proíbem". 
Dessa forma, ficamos inseguros quanto a manter, admirar e solicitar apoio e ajuda para esses personagens em suas imagens. Mas na verdade o que nos assegura que estas imagens nos garantirão alguma coisa? A meu ver é a necessidade de transferirmos nossas responsabilidades para o outro e nesse caso para aquele “personagem” que na nossa mente nos diz que tem como e pode resolver os problemas que não conseguimos solucionar e para isso precisamos “ver” para quem estamos depositando nossa confiança e como poderemos cobrar o feito. Como assim? Fácil!
A imagem nos transmite algo “real” onde efetivamente podemos trocar nossos segredos e problemas. Não fala, não mexe, mas por trás dela existiu alguém com maior força que a nossa. Simples assim. Deveríamos somente recorrer a nós mesmos para ultrapassar nossos problemas, caso isso fosse totalmente possível, mas ainda não é. Condenar nosso pedido de socorro aos santos de toda sorte é no mínimo cruel já que ainda estamos vivenciando momentos atormentados de transição não só planetária, mas de vida evolutiva.
Em minha opinião cada um na sua em suas necessidades. Sempre teremos imagens e ídolos para curtir, pedir e admirar. Não vejo pecado algum, impedimento nenhum em gostar de ter uma imagem de Nossa Senhora ou simplesmente Maria. Manter uma foto de Jesus ou de Chico Xavier. Decorar o lar com santos, anjos ou qualquer outro ícone do bem.
O que precisamos realmente é assumirmos que ainda somos crianças caminhando para a evolução intelectual e moral e se precisamos deles para um desabafo, um conselho, uma cumplicidade, o que tem de mais? Ruim é o radical o imposto o proibido.
A conscientização moral nos levará à independência. Por enquanto ainda somos dependentes dos médicos, dos terapeutas e por que não dos nossos “santinhos”? Acreditamos em Deus e não o vemos, mas temos a maravilha da criação por todos os lados nos levando a “imaginar” ELE, assim elevando nossos pensamentos à condição de súditos. E se pensarmos direitinho, constataremos que o Criador nos entende, pois nos mandou Jesus concreto na imagem onde podemos admirar, seguir e por que não rogar por ajuda? E, mesmo sem termos certeza sobre o  seu visual, sabemos que esteve algum dia entre nós e podemos sempre recorrer ao nosso irmão como um possível intermediário entre nós simples mortais e o Criador.
Podemos ir, aos poucos, nos desgarrando dessa necessidade em cultivarmos imagens e ídolos. No nosso tempo, sem angústia. Assim, elas servirão efetivamente à nossa decoração, mas antes disso, elas nos servem ao coração, onde depositamos nossa dor. E quando olhamos para aquele “santinho” em nossa carteira ou àquela imagem em nossa mesinha de cabeceira e pedimos a eles proteção, estamos em concordância com a nossa fé. E com certeza, quem vestiu aquela imagem material e agora está em algum grau de energia e elevação espiritual mais elevada, irá assimilar essa oração ajudando ao nosso querido Jesus na tarefa de interceder por nós junto ao Criador. Jesus um dia nos disse que somos deuses e que brilhasse a nossa luz. Isso com certeza um dia irá acontecer para cada um, mas enquanto isso não acontece podemos pedir um pouquinho da luz dos mais elevados que com certeza velam por nós. Tudo no seu tempo sem preconceito, sem imposição, sem tormento. Se ainda precisamos, então podemos solicitar sem drama de consciência e sempre teremos um anjo a nos guardar.
Muita paz e amor para todos. Valéria Ribeiro.