Bons momentos para todos!
Queridos amigos não poderia deixar de comentar com vocês minha experiência desses dias. Saber da existência da nuvem negra do preconceito já é desagradável, mas presenciar, mesmo que silenciosamente numa mesma base de crença é complicado.
Na religião, crença, fé, convicção, que seja lá o que se chama no que se acredita, ou no que se guia, é a maior manifestação de preconceito que já pude observar. Nada de novidade, sei que estão pensando e na verdade muito não se pode fazer, já que se chega ao extremo do fanatismo quando “acreditam-se” em “verdades” inculcadas de maneira tão sólidas que chegam a robotizar os seguidores.
O que me espanta e não digo isso agora, mas já de longe, é perceber que mesmo dentro das Doutrinas dos espíritos, crenças das mais atacadas, podemos constatar tristemente esse preconceito tomar força inspirando e induzindo seus mais nobres seguidores a defenderem uma linha como a mais pura, a perfeita, a transformadora dentre as demais. Fico ainda entristecida em perceber que há distinção entre elas mesmas como se não bastassem serem inteiramente sabedoras da existência dos espíritos, pois que “qualquer espírito” não serve como referência. Então encontramos: Doutrina espírita, espiritismo, espiritualismo... Classificações mil que “definem” a “verdadeira”, a “quase verdadeira”, a “falsa”, a “quase falsa”, a “embusteira”, a que não segue isso, a que não segue aquilo...
Vejam bem, temos nossa caminhada e nela implicam-se nossas vivências, nossas descobertas, nossas experiências. Nesta caminhada podemos ou não nos dar a oportunidade de ampliar nosso conhecimento nas oportunidades das experimentações onde nelas estão vinculadas as nossas escolhas. Podemos escolher o melhor para nós naquilo que nos faz bem, nos faz confiar e nos faz crescer de alguma forma. Estou falando nos parâmetros da normalidade. Taxamos muitas vezes nossas escolhas como verdades que cristalizamos ao ponto de não permitirmos dar chances a mais nada, mesmo que declaradamente esteja em união processual com o que escolhemos, apenas não permitimos uma análise mais apurada e menos deturpada de nossa visão com relação ao outro. Assim, percebo dentro do mundo da crença nos espíritos divisão equivocada ou articuladamente pré-conceituada em algumas atrasadas, outras diferentes, primitivas, etc.
Num trabalho dito de cura, onde está em comum acordo com a espiritualidade, penso que toda forma de bem servir, bem tratar, bem intencionar está dentro do que Jesus chamou de intencionalmente construtivo e bom. Se estiver sentado, em pé, cantando, orando, evocando, solicitando aos espíritos as suas contribuições energéticas para aquele trabalho no bem, o que importa? Por que o trabalho com os espíritos precisa de regras? Por que precisa estar estabelecido dentro de fórmulas? No terreiro ou numa sala fechada, o que importa? Por que taxar, numerar, cronometrar, rotular o trabalho no bem? Disciplina, fé, boa conduta, exemplos individuais e verdadeiros, desmascarados de “falsas intenções”, isso sim, acho importante.
Se o espírito precisa da dança, do canto, da alegria para manifestar e ajudar, o que tem demais?
Presenciei um trabalho maravilhoso de manifestação de entidades que se apresentaram para ajudar, curar, animar, dar esperança, dar oportunidade a todos de recebê-los respeitando o momento de cada um num ambiente livre de preconceito.
Quantos médiuns que não tiveram oportunidades, ou mesmo, que não encontraram aberturas para as suas manifestações livres de observações rigorosas e avaliativas, puderam dar asas aos seus potenciais. É claro que não falo de manifestações sem apoio, mas em oportunidades de começarem sem medos, para que, aos poucos e com amor e carinho possam aprenderem a controlar, educar e dessa forma em parceria com os espíritos atuarem positivamente.
Muitas vezes médiuns se perdem em suas oportunidades por simplesmente terem que ficar esperando um aval que nunca vem. Por qual autoridade alguns acham que têm nas mãos o poder de convocar ou não esse ou aquele médium para um simples começar?
Se encontram essa chance o médium pode enfim atuar e cumprir sua rota e o que importa mesmo é que tiveram oportunidades em despertarem suas capacidades mediúnicas sem preconceito nem medo. Poderão contribuir seguindo seu livre arbítrio.
Muitas vezes médiuns se perdem em suas oportunidades por simplesmente terem que ficar esperando um aval que nunca vem. Por qual autoridade alguns acham que têm nas mãos o poder de convocar ou não esse ou aquele médium para um simples começar?
Se encontram essa chance o médium pode enfim atuar e cumprir sua rota e o que importa mesmo é que tiveram oportunidades em despertarem suas capacidades mediúnicas sem preconceito nem medo. Poderão contribuir seguindo seu livre arbítrio.
O trabalho espiritualista universalista é um trabalho de amor universal. Respeita as informações trazidas pelos pesquisadores, educadores, cientistas que tiveram o interesse em atentarem para a existência do mundo espiritual e suas atuações no mundo material pesado, ou seja, o dos encarnados. Kardec, Ramatis, Buda, Dalai Lama, Chico Xavier, Bezerra de Menezes, pretos velhos, ciganas, caboclos, anjos, mentores e todos encarnados e ou desencarnados envolvidos num mesmo trabalho para o bem com Jesus e para Jesus.
Precisamos dar chance ao bem sem preconceito.
Precisamos dar chance ao bem sem críticas.
Precisamos dar chance ao bem sem a vaidade de nossas “verdades”.
Precisamos dar chance ao bem sem a máscara do “bonzinho” que participa, agradece e depois condena.
Jesus veio até nós proclamar o amor universal. Não julgou, não condenou, não impôs regras. Só pediu amor incondicional entre os homens. Respeito e consideração uns para com os outros.
Se os espíritos ajudam na nossa cura material que é a do corpo, certamente respeitando o livre arbítrio de cada um, pouco fará pelo espírito individual e próprio de cada um. Esse só a auto cura se fará eficiente, mas na mesa ou no terreiro pouco se pode fazer se esse espírito encarnado que procura a ajuda do desencarnado não mudar o rigor de suas convicções nas certezas que inculcou no seu julgar verdadeiro. A autoanálise e a transformação moral é o remédio para todos os nossos males. Os espíritos auxiliam com carinho, mas não fazem milagres.
Assim como informou Bezerra de Menezes através de nosso querido Chico a um consulente que procurava o remédio para seus males e teve a mesma receita que obteve no terreiro.
- Mas esse remédio é o mesmo que me deram no terreiro. Disse o rapaz...
- Sim, pois esse espírito é o mesmo. Disse Chico falando da entidade presente. Bezerra de Menezes que havia receitado ao rapaz como preto velho, dias antes.
E o rapaz foi-se admirado.
Paz e muito amor para todos. Valéria Ribeiro.