segunda-feira, 6 de junho de 2011

Abrir a mente e aprender a escolher.





Bons momentos para todos.

Queridos amigos minha inspiração não estava lá estas coisas para escrever sobre outro assunto. Sou muito emoção e me deixo levar pelas experiências para ao analisa-las poder tirar as minhas conclusões. Minhas conclusões! Repito, pois não posso querer que ninguém pense ou faça  como eu, pois cada um é cada um.
Então vamos lá. Fico abismada em constatar o quanto ainda somos e estamos primitivos em nossas ideias defendidas duramente. Entender as dores do mundo realmente é difícil, entender e respeitar as dores do mundo é ainda mais complicado.
Crescemos, estudamos, nos formamos e nos especializamos em algo e isso nos “faz” donos das verdades de nossas descobertas. Agregamo-nos em clubes, classes, etnias, religiões. E ao assumirmos postos destacáveis e nos postarmos em patamares onde nossas concepções e crenças influenciam multidões, nos achamos “donos” da verdade colocando nossas normas em ação e usando da boa vontade dessas pessoas, onde buscamos em nossas colocações oportunidades para influenciá-las e controla-las definitivamente.
Essa foi minha experiência do meu final de semana. Tomar meu tempo numa reunião onde a intenção maior é reprogramar a mente dos presentes. Onde o livre arbítrio? Onde as orientações do amor, do entendimento, do respeito, da adversidade, da calorosa manifestação de amor universal, paternal e ética ao próximo? Por que aproveitarem-se de espaços e momentos que poderiam ser fraternos para inculcar preconceitos e separatismos. Onde e quando Jesus colocou para as multidões que elas deveriam dividir, julgar, excretar as ideias alheias? Jesus apesar de estar lidando com uma humanidade oprimida e limitada em suas ideias e alcances, nunca colocou ninguém contra ninguém. Defendia os fracos, orientava os desavisados, abençoava os excluídos, mas nunca armou nem acendeu fogueira para ninguém. Não deixou nada escrito pelo que sabemos até agora, nunca vendeu nada, nunca exaltou nada além da sabedoria e Divindade do Criador. Julgar não deveria ser palavra expressada em bocas espíritas, nem católicas, nem evangélicas, nem em boca nenhuma. Tudo tem valor e todos os mesmos direitos para escolher através de seus conceitos formados e amadurecimentos intelectuais o que querem conhecer. Ninguém detém o poder sobre ninguém. Somente o Criador conhece e sabe das necessidades do Universo que criou.
Sinto uma pontinha de tristeza ao observar no meio espírita uma tendência ao domínio de massa através dos que se dizem representantes das Instituições federativas nacional, estadual e representantes menores distritais. Reporto-me, sem querer ser cruel em minhas observações ao vaticano com seu papa, a catedral com seu bispo e as igrejas com seus padres representantes onde passando degrau a degrau as ordens e leis, impõem “deveres”, “leituras” e quando possível “castigo” aos mais rebeldes. E não vejam esse exemplo como discriminatório, até porque, minha formação é católica. Mas, realmente as coisas andaram e ainda andam assim na Unificação católica. A Unificação é importante, mas sem imposições. A meu ver elas deveriam existir para orientar e direcionar para o amor, sem preconceito, pois Unificação aos meus olhos é “Universalidade das ideias” e a única universalidade que concedo é a do AMOR, portanto Unificar o AMOR. E AMAR é respeitar.
Parece-me que de tão fácil, a lei maior se tornou difícil aos olhos humanos. Jesus pediu-nos apenas para amar. Amar ao próximo como ele nos amou. Acho, “penso eu”, que nos é difícil porque nos encontramos tão perdidos que precisamos ainda aprender a nos respeitar, assim nos amando e consequentemente amando nosso irmão. Numa reunião onde juntamo-nos para a prece, a autoanálise, a troca de experiências e a oportunidade em conhecer mais para melhorarmos, vemos discriminação, boicote, “conselhos” preconceituosos e ostentação de ideias.
Digo com todas as palavras; sou espírita por acreditar no mundo espiritual, por acreditar que somos espíritos, por acreditar na reencarnação, por acreditar na pluralidade dos mundos, por acreditar na lei de causa e efeito e principalmente no Pai bom e Misericordioso, mas para isso poderia não ser espírita, pois o que importa é o AMOR total, incondicional, generoso, respeitoso por todos. Respeito Kardec por ter nos traduzido as informações do mundo espiritual em consequência de sua curiosidade investigativa e sua veia educacional, mas Ele não é Deus, foi um homem com uma visão generosa dando oportunidade para que o mundo pudesse se informar. Chico Xavier também foi um homem que independente de ter sido Kardec ou não complementou as informações, exemplificou os ensinamentos do evangelho dando-nos a feliz oportunidade, ainda em nossa geração, de conhecer tão nobre espírito. Temos a bíblia que também nos informa, basta ter olhos de ver. Estamos evoluindo intelectualmente para compreender as letras e moralmente para compreender as informações. Temos muita gente boa nos trazendo mais informações e elas são independentes como independentes somos todos nós, porque Deus é AMOR e nos fez únicos e livres. Precisamos acabar com as discriminações, precisamos parar de “ditar” ordens “doutrinárias” aos nossos entendimentos. Basta disseminar a palavra do Educador Maior compreendendo suas lições e reformulando nossos conceitos velhos e viciados.
Vamos aprender a respeitar observando e discernindo a respeito. Escolhendo o que nós achamos que nos serve em orientações para a evolução. Já podemos perceber e optar. Estudemos o evangelho nos preparando para perceber nas outras obras o que é bom e o que não é para nós. Agora ao nos reunirmos, vamos festejar o amor que estamos aos poucos aprendendo a praticar. Ninguém está autorizado a ditar nada a ninguém o que podemos mostrar é unicamente nosso exemplo fazendo o outro perceber em nós o bom e seguir. Ou não, como queiram.
Paz e muito amor para todos. Valéria Ribeiro.