sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Vou te contar um segredo



Oi gente! Vivi uma experiência que me fez pensar. O que é Maledicência? Fofoca? Desabafo? Por que, para que e como guardar um segredo?
Vamos analisar algumas expressões:
“Ouvi uma informação que até Deus duvida”...
“Quero te contar um babado”...
“Soube de uma coisa que me tocou muito me deixando preocupada”...
O que são? Maledicência? Fofoca? Desabafo?
     Sempre achei que quem não quer espalhar uma informação se cala, pois pedir “segredo” é só uma forma de se isentar da responsabilidade de ter passado a informação.
Vamos analisar mais friamente. Uma informação parte de um “princípio primitivo” a que a originou, ou seja, o “sujeito da situação”. Quando ela é “confiada” automaticamente já iniciou-se sua trajetória que nem sempre é horizontal, mas muitas vezes corre em curvas por vezes perigosas.
“Quem pede um segredo a um amigo que confia, sabe que esse amigo tem outro amigo em quem confia” Quando ouvi essa frase pela primeira vez, passei a olhar para o “segredado” com mais benevolência, pois nunca haverá segredo total, até porque existem os confessionários, os terapeutas, os advogados, os médicos e eles também tem “amigos” sem querer colocar em xeque a ética de cada um é claro. Portanto, o segredo nunca, nunquinha será verdadeiramente segredo.
Aí vocês me perguntam:
- Mas então não podemos confiar em mais ninguém?
- Podemos! Respondo. O que não podemos é exigir egoisticamente de quem confiamos um comportamento de fidelidade, pois quase sempre queremos nos livrar covardemente da informação transferindo a responsabilidade para o próximo. Essa é a verdade. Resumindo: Precisamos desabafar, pois não conseguimos simplesmente digerir informações que mexem com nossos sentimentos, assim esgotamos essa informação transferindo para o outro aliviando nossa carga.
Conhecemos a história das três peneiras muito contada para “passar sabão” e é interessante, mas geralmente quando esse tal “segredo” não passa pelas três peneiras é porque já entrou no âmago da maldade e aí é outra coisa. Mas quando transferimos a informação buscando uma luz para a resolução daquele “segredo” aí é caridade, pois podemos conseguir uma opinião que ajude ou mesmo uma ação que vá contribuir com aquele “princípio primitivo” lembra? E isso é louvável.
Nós arrumamos denominações para reprovar os atos alheios “fofoqueiro, maledicente, falador, traíra”... Somos testados a cada momento em nossa capacidade de “fechar a boca”.
     Lembremos que Jesus veio ao Planeta Terra para trazer alguns “segredos” de Deus para o bem da humanidade e sua informação compartilhada com seus discípulos correu séculos e vive até hoje de boca em boca. É diferente? Por quê?
     Os espíritos confidenciaram ao “pé do ouvido” muitas informações aos médiuns que por sua vez revelaram a Kardec gerando o Livro dos Espíritos. É outra coisa? Por quê?
     Precisamos amar mais para assim os segredos servirem de fonte de ajuda, apoio e socorro.
“Se tens um segredo gerado de ti, conserve esse segredo contigo, pois quando passares a primeira pessoa, ele nunca mais será um segredo, portanto não cobres de ninguém a capacidade que vós não tendes de guardar o próprio segredo”. Irmão José.
     Então queridos amigos, uma vez contado, muitas vezes falado. Valéria Ribeiro.