sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sentimentos que doem




Aprendemos a conviver com nossos sentimentos que oscilam ora para o positivo ora para o negativo, ora para o melancólico ora para o indiferente. Vamos levando tentando controlá-los e domá-los. Sabemos que eles fazem parte de nós e assim vão nos tomando sem percebermos. As experiências vão mexendo com nosso estado de espírito num emaranhado de sentimentos e repentinamente nos deparamos com um, que nos desperta para alguma coisa, tendo sido trazido por algum motivo. Hoje acordei assim. Uma melancolia, um pesar, uma tristeza, um vazio.
Uma energia a me invadir e um estado de impotência. Uma lágrima.
Acordei, fui olhar o céu, dar bom dia ao Criador e a criação mas me faltou algo.
A notícia da expectativa da morte daquele jovem cuja idade se iguala com o da minha filha mais nova, aquela dor daquela mãe a pedir ajuda, a lembrança de uma época onde os dois ele e minha filha de mãos dadas exploravam os jardins do edifício gravado em uma fotografia me fez correr uma lágrima. Lidar com a possibilidade da "perda" de nossos amores literalmente é muito difícil. É uma dor lacerante que nos invade o peito e nos corta fininho devagarinho nos murchando por dentro. Mesmo sendo conhecedores de que a vida é vida aqui e lá, não podemos controlar a saudade que nos invade.
Entendo aquela mãe, me coloco em seu lugar. Tento imaginar aquele menino e suas possibilidades de estar salvo aqui ou lá. Nos braços dos pais ou nos braços do Pai.
Meu coração em prece pede o melhor para ele e a resignação para eles. Mas com meu coração de mãe, peço perdão ao Pai amado e com humildade peço que ele, se possível seja salvo aqui.
Essa postagem dedico a eles pais dedicados que cumprem perfeitamente os desígnos do Pai educando e amando seu filho emprestado. Valéria Ribeiro.