Bons momentos para todos.
Meus queridos amigos estava lendo uma revista que gosto muito e fiquei bastante interessada numa matéria que fala sobre o bullyng nos hospitais mais especificamente de médicos contra enfermeiros, mas também acontece muito de médicos contra pacientes e neste caso podemos incluir os enfermeiros repetindo o erro com os doentes. É o efeito cascata.
Isto me abriu a mente e me fez prestar atenção para a constatação de que isso acontece em todos os âmbitos da convivência humana.
Concentramo-nos nas escolas pela grande evidência e consequência que este ato demonstra de maneira nociva em nossas crianças, adolescentes e jovens em suas rotinas estudantis atrapalhando muito as suas evoluções intelectuais e emocionais. Mas, se prestarmos atenção, vamos notar que o bullyng acontece a todo instante em nossas vidas. No ambiente doméstico, quando pais agem com ignorância e muitas vezes praticando a tortura psicológica com seus filhos. Irmãos que perseguem e exploram os mais fracos e vulneráveis. Namorados que se perseguem e exploram sejam sexualmente, seja com tirania e sempre sendo o mais fraco e inseguro quem mais sofre. No trabalho encontramos chefes déspotas, colegas que perseguem e disputas que levam a busca por posições que fazem com que o desrespeito e manobras provoquem a queda dos que são mais frágeis. Vizinhos que “pegam no pé” e pressionam impunimente os mais tímidos e intimidam os síndicos mais inexperientes.
Sofrer bullyng não é só ser chamado de gordo, magro, feio e esquisito. É também sofrer pressões, desprezos, exclusões. No trânsito o carro menor e menos potente é perseguido e fechado pelo mais moderno veloz e se há alguma reação de indignidade do condutor do carro mais simples, geralmente é ofendido e até perseguido pelo condutor do “carrão”. São os bullyngs do dia a dia que não percebemos de imediato, mas que nos fazem sofrer.
Em minha opinião, o bullyng está vinculado à má formação emocional e a má condução dos sentimentos humanos. É a “defesa” de quem fere por medo de ser ferido. Aproveitam-se das capacidades diferenciadas dos outros farejando suas fraquezas, assim intimidando-os usando o que “pensam” serem as suas forças, ou seja, a beleza, a vitalidade, a esperteza, etc.
Se alguém demonstra alguma inibição ou não condição em acompanhar algo é explorado e literalmente "esmagado" até a última gota. O negócio é debilitar, sugar e explorar o outro. A lei do mais forte por um lado e a lei de Gerson por outro. E assim, muitas coisas acontecem em consequência dessa pressão pondo muitas vezes em risco o doente quando o médico se acha dono da verdade e dá um diagnóstico ou medicamento errado que é percebido pelo enfermeiro que por medo não faz nada. O aluno que se esquiva e se cala diante da atitude do professor quando é indagado ou questionado a respeito de um tema, onde a explicação não se adequa. É o bom profissional que desenvolve algo novo e revolucionário e é literalmente passado para trás pelos colegas e não luta por seus direitos por timidez ou por medo de perder os “amigos” ou mesmo o emprego. É o novo membro daquela Instituição religiosa que se destaca ou que tem boas ideias ou mesmo alguns questionamentos e é perseguido pelos veteranos colocando-o “no seu devido lugar”. Neste caso, tenho experiência, pois já sofri isso e outros tantos bullings citados acima. E por aí vai...
O melhor é tentarmos superar as situações pela qual passamos de maneira a não deixar que marquem nossas almas.
Bullyng não é exclusividade da escola, o mundo todo sofre bullyng a todo instante e à medida que vamos desenvolvendo o nosso amor, aquele que Jesus pregou, vamos respeitando o próximo não mais fazendo a ele o que não queremos para nós e por fim os bullyngs se acabarão.
Paz e muito amor para todos. Valéria Ribeiro.