terça-feira, 15 de novembro de 2011

Você sabe com quem está falando?




Bons momentos para todos!
Queridos amigos gostaria de fazer uma pergunta.
Vocês sabem com quem estão falando?
Começo com essa pergunta que me chamou a atenção numa matéria sobre autoridade abusiva que acompanhei e que me fez pensar.
Você sabe com quem está falando? Frase que ouvimos muito por aí e que tem por objetivo intimidar e evidenciar a arrogância, vaidade e egocentrismo de alguns que estão em “posições privilegiadas” perante o defrontado. Geralmente essa frase é dita para uma tentativa de se safar de algum erro ou mesmo mostrar superioridade em situações diversas para se obter alguma vantagem ou simplesmente para despejar a raiva no outro que está fragilizado ou em "posição desprivilegiada" ao entender do que ataca.
Vemos esse comportamento não só nas autoridades policiais, mas também nas acadêmicas e profissionais liberais ou não, onde se usa as posições hierárquicas como motivo de exploração e intimidação.
Uma vez fui dar assistência a uma conhecida que tinha sido hospitalizada em emergência no hospital Souza Aguiar e me deparei, na portaria de entrada, com um guarda que fazia a vigilância do local e que impediu a minha entrada com arrogância, ignorância e usando a “sua autoridade” daquela posição para impedir a minha assistência à conhecida. Sem qualquer tato, educação e respeito ele simplesmente me disse que eu não poderia sequer saber notícias da paciente e fim de papo. Percebi naquele momento, e disse a ele, que cada um exerce a “autoridade” que acha que tem sobre os outros, nos momentos principalmente de fragilidade das posições em que se encontram. Isso é covardia. Ele simplesmente me olhou com desdém e nada falou. Fui embora sem saber como minha conhecida estava, retornando dias depois na "visita".
Pensemos no nosso dia a dia e vamos observando:
Na loja, onde apenas queremos ver as mercadorias sem muitas vezes ter intenção de compra-las... Somos hostilizados quando: estamos vestidos com simplicidade, quando “furamos” a fila dos vendedores dando o chamado “toco” (porque ele perdeu a venda);
Nos hospitais principalmente públicos com seus “guardas” truculentos que não imaginam a nossa fragilidade naquele momento;
Nos bancos onde deixamos nosso dinheiro ou mesmo vamos pagar uma conta e suas roletas que “selecionam” comandadas pelas mãos dos seguranças;
Nos consultórios médicos e odontológicos que somos recebidos com desdém e desrespeito pela secretária, recepcionista e ou mesmo os médicos não entendendo muitas vezes que estamos lá porque precisamos;
Nas instituições com seus presidentes, dirigentes, pastores, padres, mestres e outros mais que esquecem a primeira lição da fraternidade para com o outro o ignorando literalmente;
Com o guarda de trânsito que não entende a nossa situação quando  precisamos parar por pequenos instantes para que um idoso ou uma mãe saia com sua criança do carro e não tem onde estacionar;
Com aquela professora que sequer quer saber o que se passa na cabeça daquele aluno e o manda sentar de preferência calado;
Não pensem que esqueci a invertida da situação, pois tenho consciência de que o visitante do hospital, os correntistas dos bancos, os pacientes dos consultórios, os compradores das lojas, o estudante e muitos mais também exercem as suas “autoridades” diante dos funcionários. Não penso só em um lado não, pois para mim a questão está no íntimo da pessoa seja na posição em que se encontra e com quem possa estar posicionado “estrategicamente” para ele abaixo de sua autoridade.
Acaba virando uma reação em cadeia aonde vamos vendo a fila de inconsequências acontecendo dia a dia em nossa rotina.
E aquele motorista, daquele ônibus, não consegue imaginar que envelhecerá e um dia vai precisar entrar pela frente...
Vocês podem pensar que exemplifiquei falta de solidariedade em muitos dos itens, mas por trás podemos perceber, que na verdade, é o exercício de autoridade equivocada que também favorece a falta da solidariedade, compreensão e fraternidade.
No decorrer da evolução humana, penso que bastante coisa melhorou, mas a arrogância que está muitas vezes enraizada dentro de nós nos faz ter um comportamento assim e que só com muito amor poderemos reverter. E, à medida que vamos relevando, não vamos revidando e vamos emitindo um pensamento de piedade e compreensão para com esses    “valentões” vamos quebrando a corrente da irracionalidade.
No mundo do “quero levar vantagem” e do “sabe com quem está falando?” Só o amor de alguns pode amenizar a ignorância de outros. Sinto que estamos chegando lá.
E respondendo a pergunta: vocês estão falando com Valéria Ribeiro irmã amiga de todos que espera estar correspondendo à altura da importância que cada um tem.
Paz e muito amor para todos.