domingo, 13 de fevereiro de 2011

Isolar-se por quê?



Tava isolada em um canto pensando. Num isolamento momentâneo com objetivo indefinido, que me fez pensar por instantes. Foi minha mais nova experiência que me trouxe esse “isolamento pensativo momentâneo” o meu ingresso repentino no facebook. Nas experiências da vida nos “isolamos” temporariamente ou indefinidamente. Por que nos isolamos então afinal? Não sabemos ao certo. Pode ser por causa de uma tristeza, uma decepção, um desagrado, um mau humor, um descontentamento, uma depressão, uma rejeição... Muitas coisas. Isolar-se não é ruim o ruim é adoecermos no isolamento. Temos Jesus como exemplo e até ele precisou isolar-se no deserto, pois precisava definir suas escolhas na experiência com seus “fantasmas”. Nós também temos nossos “fantasmas” e precisamos escolher nosso caminho com a ajuda “deles” são as experiências pelo qual passamos e sabemos lidar ou não com elas. Mas, o isolamento sadio é importante para todo mundo, pois ajuda nas escolhas e nos descobrimentos íntimos de nossa personalidade. Eu por algum tempo me isolei nas frustrações e tinha medo da exposição de minhas idéias. Reprimia-me por achar que se não era aceita por elas, não era aceita por inteira. Foi uma experiência rica, mas “doente”, pois o mundo não se importa se nos isolamos ou não. A fila anda e a evolução não espera. Saí do isolamento sem medo da exposição, pois o mundo é vasto com diversidades e oportunidades. Expor é viver, mas expor conscientemente não ridiculamente.
Hoje não mais me isolo, mas respeito os momentos alheios. Podemos isolar nosso mundo em momentos necessários a nossa descoberta, mas nunca devemos deixar escorrer pelas mãos nossas conquistas de vida, pois nossos familiares, nossos amigos e nossos irmãos em humanidade esperam nosso movimento através de um carinho, uma atenção uma demonstração de “vida ativa”. Isolar-se não é crime, mas isolar-se egoisticamente é insanidade. Deixemos o isolamento por alguns momentos para adentrarmos ao mundo que nos espera para impulsionar a nossa evolução e contribuir para o equilíbrio geral. Valéria Ribeiro.    


2 comentários:

Unknown disse...

Adorei! O isolamento pode ser uma forma de ser egoísta e não entender q precisamos dividir tudo até os medos e inseguranças.
Fico orgulhosa de fazer parte desse movimento seu em direção ao novo mundo!
Seja bem vinda então! Divida conosco seus sentimentos e multiplique-se!!!
bjs da sua irmã q t ama!

Unknown disse...

Olá, Valéria! Tudo bem?

Antes de tudo, preciso parabenizá-la pela iniciativa de se jogar ao mundo, por meio da web. =)

Quanto ao tema escolhido, penso que todos necessitam desse mergulho interno, a fim de realmente se conhecer. A reflexão é uma arma positiva, que nos ajuda a caminhar de maneira mais segura. É claro que o olhar do outro sempre nos acrescenta, torna mais rica ainda a reflexão.

Eu, particularmente, pertenço a dois mundos: 'o social necessário', onde vendo minha força de trabalho e tenho de desempenhar funções quase que completamente racionais, deixando assim minha emoção e sensibilidade de fora. E 'o mundo social que eu escolhi': estar ao lado de pessoas que me querem bem e me fazem bem.

Dentro desse mundo em que eu escolhi, mora alguém super especial: eu. E nele, descubro dia a dia como me agradar, como me emocionar, como ser bacana comigo mesma. Isso porque, embora em minha volta existam milhões de pessoas, enquanto eu tiver nessa jornada, a única pessoa que verdadeiramente estará comigo sempre sou eu.

Pode soar estranho a minha visão de mundo, mas para eu chegar até esta minha verdade, eu tive de viver a solidão do isolamento necessário - quando morei no exterior e em outras ocasiões -, e percebi que eu sou a pessoa que mais importa para mim e que as outras são complementos muito importantes na minha caminhada.

Praticar o desapego não é ruim, pelo contrário, lhe faz mais forte e não necessariamente, egoísta, insensível.

Sou extremamente solidária dentro de um mundo no qual eu escolhi viver e estou feliz assim, aprendendo sempre.

Esse foi o meu longo desabafo! E ah, escrever também é uma forma de se conhecer e/ou reafirmar conceitos, valores.

Um super beijo,
Tássia.