Bons momentos para todos!
Queridos amigos gostaria de comunicar a vocês que estive internada esta semana. Acordei de madrugada com uma forte dor no peito que me tirou da cama e que se seguiu com sudorese, boca seca, dormência no braço esquerdo, náusea e dor de barriga. Ao amanhecer liguei para o meu cardiologista que me indicou ir imediatamente para o pronto atendimento. Fui e fiquei cinco dias. Três na UTI e dois no quarto. Fui diagnosticada em "Síndrome do coração partido". Fiquei encucada, e digo até, que achei esse diagnóstico um tanto quanto estranho. Nunca tinha ouvido falar nisso. Melancolia sim, eu já havia ouvido, mas síndrome do coração partido não. Muitas vezes brincamos com nossos adolescentes quando brigam ou terminam com os namoradinhos que estão com o coração partido, mas em caso de diagnóstico médico, foi uma surpresa. Enfim, foi isso que aconteceu. Agora, já estou em casa e está tudo bem. Dessa forma e devido a importância do assunto, resolvi pesquisar e mostrar para vocês que isso existe e faz parte da minha experiência. Se tiverem tempo, disposição e paciência, está tudo relatado nestas reportagens que pesquisei e coloquei logo abaixo.
SÍNDROME DO CORAÇÃO PARTIDO
Esta síndrome é de ocorrência muito rara, e acomete principalmente as mulheres de meia idade. Tanto pelo grupo de pessoas mais acometidas, como pelo seu nome, poderia haver a sugestão de que se trate de um envolvimento mais relacionado a coisas emocionais do que a uma doença orgânica do coração.
A doença foi pela primeira vez relatada no Japão; atualmente, já existem relatos de casos semelhantes nos Estados Unidos e mesmo no Brasil. De momento, o total de casos relatados na literatura médica não passa de 200. Provavelmente, existem mais casos de pessoas acometidas, mas que não foram diagnosticados por ser uma síndrome desconhecida.
As manifestações da doença são as de um infarto do miocárdio, que acomete principalmente mulheres de meia idade; as alterações eletrocardiográficas são as de um infarto agudo do miocárdio e as alterações das enzimas do sangue comprovam a lesão do músculo cardíaco. A evolução costuma ser boa e, geralmente, é de curta duração com a recuperação das alterações registradas no início da doença.
O que chama a atenção, o que dá a chave para o diagnóstico, são os estudos hemodinâmicos destes corações. As artérias coronárias costumam ser praticamente normais e a ventriculografia mostra um coração com a ponta dilatada, inativa e o restante do coração continua se contraindo normalmente durante a sístole ventricular. Esta parte, que se contrai de modo normal, e a parte que não sofre a contração sistólica esperada geram a imagem que sugere haver uma parte normal e a outra anormal. É como se uma parte do ventrículo funcionasse normalmente e a outra não, provocando a impressão de coração partido.
A síndrome do coração partido é uma doença de bom prognóstico, pois a evolução destes infartos costuma ser rápida e boa, não deixando seqüelas maiores. De um modo geral, acontece a recuperação total dos pacientes em poucos dias, apesar das manifestações iniciais alarmantes.
O que mais chama a atenção nesta síndrome é que a grande maioria, mais de 95% acontece em mulheres de meia idade.
Fonte: ABC da Saúde/Internet
A síndrome do coração partido
A doença simula um infarto com dores no peito depois de situações de estresse e afeta especialmente mulheres acima de 65 anos
AUGUSTO BOZZA*
As mulheres são realmente mais sensíveis do que os homens? Na resposta para essa pergunta encontra-se a chave para desvendar uma doença cardíaca que vem alcançando projeção nacional: a síndrome do “coração partido”. Metáfora bastante utilizada para ilustrar a sensação de uma decepção amorosa, a doença atinge principalmente mulheres com idades acima de 65 anos, raramente abaixo dos 50, com histórico de forte estresse físico ou emocional ou que tenha se submetido a uma cirurgia, não cardíaca. Os índices revelam que 80% dos casos confirmados ocorrem em mulheres. Os primeiros relatos da síndrome do “coração partido” surgiram no Japão no início dos anos 90.
Em 2001, o primeiro estudo com 88 pacientes foi divulgado na revista do American College of Cardiology e, após essa primeira publicação, novos casos foram relatados em países do Ocidente. Conhecida cientificamente como Acinesia Apical Transitória, a síndrome do “coração partido” foi batizada pelos japoneses de síndrome de Takotsubo, ou síndrome da Armadilha de Polvo, porque suas imagens no cateterismo cardíaco assemelham-se às armadilhas usadas pelos pescadores para apanhar polvos. Aqui no Brasil, vários casos já foram diagnosticados no Instituto Nacional de Cardiologia Laranjeiras (INCL).
Os sintomas simulam um infarto agudo do miocárdio com dor no peito, menos intensa que o habitual, com alterações no eletrocardiograma e nas enzimas cardíacas. O ecocardiograma e a cinecoronariografia selam o diagnóstico, revelando falha na contração da ponta do ventrículo esquerdo com as artérias coronárias sempre normais, sem obstruções. Na fase aguda, podem ocorrer arritmias graves e o paciente deve ser internado em uma unidade de tratamento intensivo.
A causa que leva a este quadro ainda não está bem esclarecida, mas várias teorias apontam para a liberação de hormônios adrenalina e nor-adrenalina nos casos de estresse, que atuariam sobre a inervação da ponta do coração, impedindo sua contração. Apesar de ainda existirem várias controvérsias a respeito das causas, há consenso que, após a fase aguda, a recuperação do coração é espontânea e total, não deixando seqüelas, e são raras as repetições do quadro.
O mais importante ainda ninguém respondeu: porque a síndrome ocorre praticamente só em mulheres acima dos 60 anos? O coração feminino é realmente mais delicado que o do homem e se “quebra” com mais facilidade em caso de fortes emoções? E as mulheres jovens, seus corações não são tão sensíveis como o de suas mães e avós? Enquanto todas essas perguntas não forem respondidas, as pesquisas continuarão a entreter os especialistas na busca da prevenção. Em pleno século XXI, a medicina cria uma hipótese intrigante e coloca a natureza feminina em questão. Se comprovarem que o “coração partido” é uma peculiaridade feminina, como explicar a negativa de que as mulheres não são o “sexo frágil”? Fica no ar mais uma pergunta a ser respondida pelas pesquisas.
* Augusto Bozza é diretor médico do Instituto Nacional de Cardiologia Laranjeiras (INCL) no Rio, hospital referência em coração do Ministério da Saúde.
Fonte: Revista Isto É/Internet
Outro dia, ao visitar uma amiga, notei que a filha dela, adolescente, estava bem diferente. Geralmente doce e falante, a menina estava apática, agressiva. A mãe disse: “é a primeira decepção amorosa, o primeiro coração partido”. A menina, claro, entendeu o comentário como desdém e caiu em prantos dizendo que não era uma bobeira qualquer, que a mãe não entendia, mas ela aquele garoto era o amor da vida dela, que ela sentia que sem ele ia morrer.
Claro, nessa idade tudo é muito intenso, tanto as alegrias quanto as tristezas. Eu mesma me lembro de ter sentido essa sensação de “meu mundo acabou” algumas vezes. E não só na adolescência. É evidente que amadurecemos emocionalmente, mas o sofrimento de um coração partido é duro em qualquer idade – a diferença talvez seja o tamanho do drama que fazemos em torno disso. Depois de uma, duas, três decepções a gente aprende que consegue, sim, viver sem aquela pessoa. Que existe, sim, muita gente interessante no mundo que pode gostar de você. Enfim, calejando é que a gente vai aprendendo que nós somos responsáveis pela nossa felicidade e que não adianta buscar isso no outro. E aí, quando isso fica mais claro (sem querer desanimar as leitoras mais novas, mas em geral isso acontece lá pelos 30, um pouco mais, um pouco menos), a gente encontra aquele alguém que entra na nossa vida para agregar felicidade, não como único provedor de nossas alegrias e conquistas.
Bem, toda essa introdução foi para dizer que saiu recentemente uma matéria no The Wall Street Journal em que especialistas reconhecem que existe, sim, o coração partido. E isso é mais uma prova da forte conexão entre nossa mente e nosso corpo. Batizada pelos médicos de “síndrome do coração partido”, a condição é mais comum após a morte do amado (ou amada), mas pode se manifestar também depois de um rompimento traumático da relação. “Há quem sinta pontadas no coração semelhantes às de um ataque cardíaco, mas, aparentemente, não tem nenhuma relação com as artérias coronárias”, dizia a matéria. “A diferença é que o sintoma está relacionado com um forte trauma emocional ou físico que libera uma quantidade exagerada de adrenalina que sobrecarrega o coração, não com uma artéria entupida. O efeito disso é que o ventrículo esquerdo, uma das principais bombas do coração, acaba semi paralisado, o que compromete sua função de bombear o sangue.” Chega a dar medo! Mas, em princípio, (ou em condições “normais”) não é nada que possa matar, não se preocupem. “É como uma concussão, uma sacudida no coração.” Hum... nada de usar essa informação para intensificar a choradeira, hein, mulheres. Volta por cima que o mundo está cheio de gente bacana.
Fonte: Marie Claire/ Internet.
Médicos tratam 'síndrome do coração partido' com sucesso
Médicos dizem que remédios podem ajudar a tratar 'coração partido'
Cientistas afirmam ter descoberto que é possível tratar a "síndrome do coração partido" com aspirinas ou remédios cardíacos, segundo um estudo publicado pela revista especializada American Journal of Cardiology.
Os pesquisadores estudaram 70 pacientes com a condição, que atinge principalmente mulheres de meia idade. No estudo, todos os pacientes se recuperaram, a maioria depois do tratamento, mesmo com 20% deles tendo dado entrada no hospital em estado crítico.
Segundo o estudo, a condição provavelmente é causada por um aumento nos hormônios do estresse.
A síndrome do coração partido foi descrita pela primeira vez por cientistas japoneses no início dos anos 1990 e tem os mesmos sintomas de um ataque cardíaco: dores no peito e falta de ar. A diferença é que ela parece ser temporária e totalmente reversível, se for tratada rapidamente.
Primavera
Os pacientes estudados eram de dois hospitais em Providence, no Estado americano de Rhode Island, e foram diagnosticados com a síndrome entre julho de 2004 e abril de 2008.
Cerca de 67% dos pacientes tinham passado por algum tipo de estresse físico ou emocional - como más notícias sobre um membro da família, uma discussão doméstica, uma doença severa ou um acidente de carro - pouco antes do aparecimento dos sintomas.
Seis deles apresentavam choque induzido por problemas no coração e três tinham ritmos de batimento anormais, que precisavam de tratamento de emergência. Na grande maioria dos casos, a receita médica foi aspirina ou remédios para doenças cardíacas durante a internação no hospital.
Todos os pacientes se recuperaram. Os pesquisadores também descobriram que, diferentemente dos ataques cardíacos que tendem a ocorrer no inverno, os casos de síndrome do coração partido são mais comuns na primavera e no verão.
'Raramente fatal'
O médico Richard Regnante, do Miriam Hospital, que liderou a pesquisa, diz que o padrão sazonal pode ajudar a entender a doença.
"Alguns acreditam que seja simplesmente uma forma de enfarte que se 'aborta' a si mesmo cedo e, por conta disso, não deixa nenhum dano permanente no coração", afirma Regnante.
"Outros dizem que a síndrome não tem nada a ver com artérias coronárias e é simplesmente um problema com o músculo cardíaco."
O médico diz ainda que as conclusões do estudo podem ajudar cardiologistas dos departamentos de emergência a cuidar dos pacientes com a condição.
De acordo com Regnante, a síndrome raramente é fatal, desde que o paciente tenha acesso aos cuidados críticos nas primeiras 48 horas depois de apresentados os sintomas.
O médico e sua equipe agora estão recrutando pacientes com a síndrome para um novo estudo, que vai usar imagens de ultrassonografia para examinar se a condição causa danos internos ao coração.
Cardiologia
'Síndrome do coração partido', potencialmente fatal, atinge mais mulheres do que homens, diz estudo
Pesquisa mostrou que as mulheres são sete vezes mais propensas a sofrer de infarto após passar por stress emocional quando comparadas aos homens
'Síndrome do coração partido' é mais frequente em mulheres com mais de 55 anos de idade (ThinkStock)
As mulheres são as principais vítimas da 'síndrome do coração partido', doença que consiste em sintomas de um infarto do miocárdio e que pode ter causas emocionais, como o fim de um relacionamento, a perda de um ente querido ou qualquer situação que resulte em um stress súbito. É o que sugere uma pesquisa realizada nos Estados Unidos apresentada durante o Congresso da Associação Americana do Coração, em Orlando, na Flórida.
Opinião do especialista
Antônio de Pádua Mansur
Cardiologista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp)
"Pessoas que sofrem da 'síndrome do coração partido' apresentam sintomas parecidos com infarto do miocárdio, como dor forte no peito, falta de ar e até desmaio. Os exames mostram alterações no ritmo cardíaco e a presença de substâncias que são típicas de um ataque cardíaco. Apesar disso, testes mais detalhados comprovam que não houve obstrução das artérias, como a aterosclerose, causa mais comum para o surgimento do problema.
Ninguém sabe ao certo por que a síndrome ocorre. Uma hipótese sugere que o organismo da mulher sofre uma descarga maior de adrenalina que o do homem. Outra teoria afirma que os homens podem ter mais receptores de adrenalina nas células do coração do que as mulheres, diminuindo assim os danos pelo excesso da substância.
Sabe-se que o estresse emocional ou físico pode provocar a síndrome do coração partido. Em geral, é preciso aguardar a evolução da doença. A pessoa volta ao normal em, no máximo, dois meses."
Para a pesquisa, os médicos se basearam em um banco de dados federal, com mais de 1.000 hospitais. No total, foram encontrados 6.229 casos. Depois de eliminar fatores de risco como hipertensão, tabagismo e outros fatores que podem causar problemas cardíacos, os pesquisadores viram que as mulheres eram 7,5 vezes mais propensas a sofrer dessa síndrome quando comparadas aos homens.
O estudo também mostrou que a síndrome é três vezes mais comum em mulheres com mais de 55 anos do que em mulheres mais novas. No entanto, mulheres com menos de 55 anos eram 9,5 vezes mais propensas a ter a síndrome do que os homens com a mesma idade.
Histórico — A síndrome foi descrita pela primeira vez por médicos japoneses na década de 90. Na ocasião, a doença foi batizada de cardiomiopatia de Takotsubo. O problema costuma aparecer no momento em que há um grande choque. Pode acontecer até com uma emoção positiva, como ganhar na loteria, por exemplo.
Ao receber uma notícia impactante, as pessoas sofrem com uma descarga de adrenalina e outros hormônios do stress, que sobrecarregam o coração e atrapalham o funcionamento. Na maioria dos casos, as vítimas conseguem se recuperar rapidamente. Mas em 1% dos casos a síndrome do coração partido pode ser fatal, sugere o estudo. Além disso, 10% das vítimas podem sofrer com o problema novamente.
O estudo foi realizado por Abhishek Deshmukh, da Universidade do Arkansas, nos Estados Unidos.
Fonte: Revista Veja/Internet.
Bom minha gente esse foi o diagnóstico que tive ao final da minha internação. Resolvi pesquisar e informar a vocês que provavelmente se espantariam com essa conclusão.
No início achei que era aquela tal melancolia que nossos avós falavam que algumas pessoas tinham. Pode até ser e também acho que a modernidade achou outra forma de definição.
O importante é que já se presta atenção a esse assunto que é importante e deve-se levar em consideração.
Traumas, stresses, decepções e acúmulos de problemas principalmente os sentimentos de culpa podem nos levar a ter "um coração partido" que manifestando-se em forma de sintomas clínicos nos alertam para que pensemos um pouquinho em nós mesmos e não devemos levar tudo a ferro e fogo dramatizando os acontecimentos diários. Sou testemunha disso e mesmo tendo sido muito bem tratada e estar me recuperando, não desejo essa experiência para ninguém. Colocarei um esparadrapo em meu coração recuperando minhas forças e tocando a bola para frente. A vida em que vivemos no agora é única e devemos preservá-la aproveitando da melhor forma possível sem carregarmos as cruzes alheias.
Paz e muito amor para todos. Valéria Ribeiro.