domingo, 28 de agosto de 2011

Pequenos grupos de estudos. Facilitadores do amor.





Bons momentos para todos!

Queridos amigos gostaria de compartilhar com vocês um assunto que me parece importante e que faz parte da minha experiência atual que é a minha participação num grupo de estudo pequeno e que se realiza fora de uma Instituição. Na verdade isso não é uma novidade já que muitos grupos se propõem a esse tipo de encontro para diversos objetivos. Mesmo assim, gostaria de dar o meu depoimento a respeito de minha experiência. Como alguns de vocês já sabem por acompanharem a trajetória de minhas postagens, minha experiência nas Instituições não foi lá muito agradável e não responsabilizo ninguém, mas a mim mesma que ainda não sabia distribuir o imenso amor que trago em meu peito. Praticar esse amor é realmente muito difícil por trazermos em nosso interior mental memórias que mesmo inconscientes nos favorecem negativamente nos deixando vulneráveis e reticentes aos burilamentos externos que sofremos no decorrer da convivência. Só a compreensão dos que nos orientam pode fazer com que compreendemos e relevemos essas “cutucadas” que despertam e espelham nossos “defeitos” fazendo com que reajamos e nos defendamos SEMPRE.
Eu infelizmente não encontrei dentro de nenhuma instituição que frequentei esse apoio, mas isso não quer dizer que não tenha, apenas acho eu, que no meu caso, precisava disso para despertar em mim outras opções. E, foi isso que aconteceu. Mas, deixo claro que frequento apoio e não sou contra as instituições. Apenas não me envolvo totalmente em nenhuma delas. Principalmente nos “cargos” administrativos, pois minha experiência foi traumática.
Fui a uma excursão em Minas em abril, como já disse em outro papo com vocês, e me encantei com a simplicidade do que vi na prática evangélica dos seguidores de nosso querido Chico Xavier. Trabalhos maravilhosos onde impera a humildade, a simplicidade e o amor. Claro que tendo um mestre desse porte por perto pode ficar mais “fácil” entender e praticar, em todo caso temos a literatura, a começar pela bíblia, que mesmo com toda a sua “controvérsia” nos indica o caminho que Jesus nos mostrou.
Mesmo assim, é difícil romper a barreira da vaidade que assola  todos que de alguma forma, se encontra na condição de mestre orientador e que tem por responsabilidade ajudar seus “seguidores” a tirarem o véu da ignorância. Na verdade o objetivo maior passa a ser virar os holofotes para si mesmo e para a instituição em si com obras faraônicas desnecessárias e apresentações orais maçantes e de pouco entendimento, mas isso é outra coisa e claro que existem exceções.
Voltando ao objetivo, sentimos a necessidade de buscar esse caminho amoroso e simples que nos mostrou tanta dificuldade nos caminhos equivocados, assim fomos à luta. Já alguns meses que me reúno num pequeno grupo para estudar o amor. Isso mesmo amigos, estudar o amor, pois aprendemos que mesmo tendo a centelha Divina cravada em nosso espírito da capacidade de amar, pois nosso Criador é perfeito e não nos deixou a deriva, mesmo assim, precisamos escavar o chão de nossas experiências não tanto plausível, para encontrarmos novamente essa centelha aprendendo a lidar com ela da maneira mais pura possível. Não é fácil!
Despirmos de tudo que assimilamos e que foi enterrando essa centelha no mais fundo possível com o acúmulo de ódios, ressentimentos, orgulhos, vaidades, vinganças, injustiças, fome, medo, exploração e tudo que podemos ter passado e adquirido no decorrer de séculos e séculos de vidas vividas na carne ou não, para enfim desvencilhar e purificar nossos sentimentos e para que possamos vivenciar o amor que Jesus trouxe para nós com relação a tudo e a todos, é um exercício que requer paciência, força de vontade e porque não dizer sacrifício. E isso, só se consegue praticando diariamente e convivendo com “semelhantes” com o mesmo fim, isso é, em formação de grupos com objetivo comum, para que nessa pequena convivência possamos levar para a amplitude da convivência esse aprendizado.
Primeiro pratica-se o amor no pequeno grupo, para ampliar esse amor no grupo maior.
Vejamos o exemplo de Jesus; reuniu seus apóstolos, orientou, trocou com eles, exercitou com eles e facilitou para que eles continuassem a missão. Não juntou perfeição, pois os apóstolos eram homens comuns aprendendo a amar. Nas reuniões na casa de Pedro, conversavam e aprendiam e também reunia e pregava nas Sinagogas.
Chico Xavier ao perceber que o centro que fundara estava ficando “inchado” e que os objetivos propostos estavam sendo corrompidos pelo excesso de vaidade saiu e fundou a casa da prece levando a simplicidade até o fim de sua missão.
Nosso grupo ainda é tímido em suas práticas, mas caminha para ampliar o amor que desperta nele humildemente. Vou para Saquarema todo domingo me ausentando em raríssimas exceções com o coração transbordando de felicidade, pois através dos estudos, das confidências, das experiências, temos percebido a imensidão de amor que podemos despertar e amplificar para os domínios externos dos nossos momentos. No momento de nosso encontro o evangelho está presente em primeiro lugar, mas também cede espaço para o aprendizado sem preconceito ampliando nosso conhecimento, nos fazendo pensar e facilitando nossas escolhas.
Não desprezo as instituições, pelo contrário, cada membro do nosso grupo frequenta o seu lugar que escolheu, ajudando e colaborando com suas rotinas nos estudos, nas palestras, nos encontros fraternos. Mas, os grupos pequenos que se reúnem também fora da instituição tem o apoio da espiritualidade que trabalha em conjunto com esses grupos na qualidade de objetivos sérios. E curas, orientações e resgates, são feitos também ali, pois sabemos dos espíritos andarilhos que buscam “outras opções” para confiar, aceitar e optar em seguir outro caminho que não seja o que pensam ser o certo.
Muitas vezes não conseguimos formar esses grupos nas instituições porque sem orientação adequada os frequentadores dedicados não conseguem enxergar que precisam também de ajuda e disponibilizam o atendimento fraterno apenas aos que chegam e não aos que já estão no trabalho. Muitas vezes formam-se subgrupos com objetivos comuns que literalmente excluem outros que querem se chegar e assim, se perdem nos objetivos fazendo do trabalho maior que é o amor se perder na própria convivência dos membros dessa instituição. A liderança é muito importante para o encaminhamento dessas almas que já estão no caminho, mas cegos no trajeto.


Os pequenos grupos facilitam a engrenagem dessa aprendizagem e despertam o amor coletivo. Foi nos dito pelos espíritos que a família é nosso primeiro grupo de experiências para a prática do amor, então quando dizemos que nosso grupo da nossa instituição é uma família, devemos buscar em nosso interior se tratamos nossa família do lar com amor, pois só assim poderemos levar para a nossa família institucional a verdadeira tolerância da convivência. Nos pequenos grupos podemos perceber a dificuldade dessa convivência, mas também podemos praticar essa convivência fazendo um paralelo com nossas experiências no lar.
O ideal é partir dessa experiência nos grupos pequenos fortificando o amor e ampliando para os grupos maiores. E quando já se está inserido no grupo institucional, procurar nos grupos pequenos o apoio para a superação das adversidades que surgem nos burilando a todo o momento nos grupos maiores.
Nosso grupo que acontece todos os domingos as 15 h num local reservado na casa de um membro tem nos feito pensar, analisar e dentro dos estudos propostos vamos transformando nossa conduta perante a vida e os semelhantes. Nosso grupo está unido pelo amor e procura aprender a amar como Jesus nos indicou. E, através das psicografias e psicofonias que recebemos com conselhos, indicações e manifestações de apoio, estamos cada vez mais convencidos que é preciso aprender a amar escavando no fundo de nossa alma a centelha Divina que nosso Criador nos forneceu.

Paz e muito amor para todos. Valéria Ribeiro.  

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