Bons momentos para todos!
Queridos amigos gostaria de fazer uma pergunta.
Vocês sabem com quem estão falando?
Começo com essa pergunta que me chamou a atenção numa matéria sobre autoridade abusiva que acompanhei e que me fez pensar.
Você sabe com quem está falando? Frase que ouvimos muito por aí e que tem por objetivo intimidar e evidenciar a arrogância, vaidade e egocentrismo de alguns que estão em “posições privilegiadas” perante o defrontado. Geralmente essa frase é dita para uma tentativa de se safar de algum erro ou mesmo mostrar superioridade em situações diversas para se obter alguma vantagem ou simplesmente para despejar a raiva no outro que está fragilizado ou em "posição desprivilegiada" ao entender do que ataca.
Vemos esse comportamento não só nas autoridades policiais, mas também nas acadêmicas e profissionais liberais ou não, onde se usa as posições hierárquicas como motivo de exploração e intimidação.
Uma vez fui dar assistência a uma conhecida que tinha sido hospitalizada em emergência no hospital Souza Aguiar e me deparei, na portaria de entrada, com um guarda que fazia a vigilância do local e que impediu a minha entrada com arrogância, ignorância e usando a “sua autoridade” daquela posição para impedir a minha assistência à conhecida. Sem qualquer tato, educação e respeito ele simplesmente me disse que eu não poderia sequer saber notícias da paciente e fim de papo. Percebi naquele momento, e disse a ele, que cada um exerce a “autoridade” que acha que tem sobre os outros, nos momentos principalmente de fragilidade das posições em que se encontram. Isso é covardia. Ele simplesmente me olhou com desdém e nada falou. Fui embora sem saber como minha conhecida estava, retornando dias depois na "visita".
Pensemos no nosso dia a dia e vamos observando:
Na loja, onde apenas queremos ver as mercadorias sem muitas vezes ter intenção de compra-las... Somos hostilizados quando: estamos vestidos com simplicidade, quando “furamos” a fila dos vendedores dando o chamado “toco” (porque ele perdeu a venda);
Nos hospitais principalmente públicos com seus “guardas” truculentos que não imaginam a nossa fragilidade naquele momento;
Nos bancos onde deixamos nosso dinheiro ou mesmo vamos pagar uma conta e suas roletas que “selecionam” comandadas pelas mãos dos seguranças;
Nos consultórios médicos e odontológicos que somos recebidos com desdém e desrespeito pela secretária, recepcionista e ou mesmo os médicos não entendendo muitas vezes que estamos lá porque precisamos;
Nas instituições com seus presidentes, dirigentes, pastores, padres, mestres e outros mais que esquecem a primeira lição da fraternidade para com o outro o ignorando literalmente;
Com o guarda de trânsito que não entende a nossa situação quando precisamos parar por pequenos instantes para que um idoso ou uma mãe saia com sua criança do carro e não tem onde estacionar;
Com aquela professora que sequer quer saber o que se passa na cabeça daquele aluno e o manda sentar de preferência calado;
Não pensem que esqueci a invertida da situação, pois tenho consciência de que o visitante do hospital, os correntistas dos bancos, os pacientes dos consultórios, os compradores das lojas, o estudante e muitos mais também exercem as suas “autoridades” diante dos funcionários. Não penso só em um lado não, pois para mim a questão está no íntimo da pessoa seja na posição em que se encontra e com quem possa estar posicionado “estrategicamente” para ele abaixo de sua autoridade.
Acaba virando uma reação em cadeia aonde vamos vendo a fila de inconsequências acontecendo dia a dia em nossa rotina.
E aquele motorista, daquele ônibus, não consegue imaginar que envelhecerá e um dia vai precisar entrar pela frente...
Vocês podem pensar que exemplifiquei falta de solidariedade em muitos dos itens, mas por trás podemos perceber, que na verdade, é o exercício de autoridade equivocada que também favorece a falta da solidariedade, compreensão e fraternidade.
No decorrer da evolução humana, penso que bastante coisa melhorou, mas a arrogância que está muitas vezes enraizada dentro de nós nos faz ter um comportamento assim e que só com muito amor poderemos reverter. E, à medida que vamos relevando, não vamos revidando e vamos emitindo um pensamento de piedade e compreensão para com esses “valentões” vamos quebrando a corrente da irracionalidade.
No mundo do “quero levar vantagem” e do “sabe com quem está falando?” Só o amor de alguns pode amenizar a ignorância de outros. Sinto que estamos chegando lá.
E respondendo a pergunta: vocês estão falando com Valéria Ribeiro irmã amiga de todos que espera estar correspondendo à altura da importância que cada um tem.
Paz e muito amor para todos.