Bons momentos para todos!
Amigos queridos estou em um momento cinquentenário e em minha cabeça estão vindo muitos pensamentos e é claro, um deles é sobre ELES!!!
Sim! Os homens! Por que não? Tive os “meus”. Aqueles em quem me envolvi, ou envolveram-se comigo. Posso falar de cadeira; todos cafajestes. Mas, sempre ouvi que “atraía”, pois “gostava”. Isto mesmo! Gostava.
O homem ideal para mim era justamente estes do tipo “macho”, cara fechada, mandão, mal educado particularmente, mas muito educado socialmente e com "pegada" e que pegada! Eu confesso que sofri e que por tudo isso, hoje não estou com ninguém. Não por faltar, pois sempre fui muito paquerada. Foi opção mesmo. Atraía e gostava dos tipos cafajestes, mas não segurei a barra, pois sabemos que a infidelidade anda junto com eles e isso não deu para mim. Meus três relacionamentos sérios, foram intensos e tensos ao mesmo tempo, pois entre ciúmes, “tapas e beijos”, muitos momentos foram de felicidade, diversão e amadurecimento e dois deles me deram filhas lindas e maravilhosas.
Não sei qual é o homem ideal, só sei que realmente atraímos para nós o que nos atrai. Nas características reveladas na personalidade dos cafajestes em questão, o sentimento de posse e domínio é evidente. O ciúme também, pois como já diziam os antigos “Quem muito faz, muito teme”. Eu era totalmente vigiada, só fazia o que eles queriam, tolhida em minha personalidade, mas com tudo isso, fui literalmente chifrada pelos três e não tolerei, rompendo a cada descoberta. Confesso que sofri muito com essas decisões e em cada uma ao seu modo. Hoje me pergunto: Se acredito que somos livres e independentes, por que sofria tanto com as traições? Não devemos ser livres? Ao mesmo tempo me respondo: Sofria, porque o que doía em mim, não era a “traição” em si, mas o pouco caso deles na possibilidade de eu descobrir, afinal de contas eu era a namorada honesta e sossegada. Estranho? Se o tipo machão, rude, grosso, forte, atraente, viril e estupidamente dominador me atraía, por que eu me ofendia tanto em ser traída? Será que eu esperava inteligência e tato neste tipo de homem? O que me ofendia na verdade era a escolha errada que fazia e também a constatação da minha autopunição inconsciente que culminava na tal traição que me fazia sentir inútil, até mesmo para “merecer” tais homens. Quando eu terminava o relacionamento, no íntimo eu não queria puni-los e sim me punir. Concluo hoje, que não existe homem ideal e sim o ideal para cada merecimento.
Estou só, mas não fechada para o sentimento a dois, apenas apurei meu gosto, valorizei minha alma e me fiz mais seletiva.
Hoje para mim, o homem ideal precisa ser gentil, mas com personalidade, livre, mas com inteligência e respeito e principalmente ser companheiro, parceiro e cúmplice. Não desejaria um companheiro exclusivo, mas um companheiro presente, amoroso e sociável. Que respeitasse meu espaço e que quisesse meu ombro, mas também me oferecesse o seu ombro. Que fosse cavalheiro para me preservar, até mesmo nas escolhas paralelas tendo o cuidado necessário.
O homem ideal hoje para mim é aquele que faz do sexo um momento mágico sem cobranças e sem expectativas, onde docemente respeitasse e valorizasse as curvas do tempo, onde o corpo acompanha no amadurecimento e desgaste. Onde a palavra valha mais do que a performance e o carinho seja um contínuo prazer doce e calmo onde não sirva só para o aquecimento das preliminares.
Hoje o homem ideal para mim, está em minha mente, na espera do tão falado “príncipe encantado”, maduro e talhado na madeira do tempo na escultura dos meus sonhos. Se nesta vida tive muito que ainda depurar nas escolhas erradas da minha estrada, amanhã quem sabe no infinito das vidas vindouras, encontrarei meu homem ideal e de mãos dadas seguiremos para a eternidade.
E para vocês queridos amigos, qual é o homem ideal?
Paz e muito amor para todos. Valéria Ribeiro.